Em seus diálogos, Diego Moraes chega a atingir a perfeição entre imagem e ritmo. Só que esta perfeição não foi alcançada no estudo das peças de Beckett, mas assistindo aos filmes da Sessão da Tarde, a partir dos quais Moraes esmerilhou sua esgrima fraseada repleta de interrupções (leiam Anais Nin do Butantã e concordem comigo).
Moraes escreve para se vingar – de ex-namoradas, de antigos e novos desafetos. E a vingança é o melhor combustível para a escrita. Sobretudo para Diego Moraes, que é um sujeito deliciosamente paranoico – ótima qualidade para um escritor. Você não gostaria de tê-lo como vizinho; mas, obviamente, adorará tê-lo na prateleira de sua biblioteca.
O que temos então em Fotografia do meu amor dançando tango é uma colagem híbrida de narrativas que passeiam entre a Sessão da Tarde e a literatura consumida às pressas. São narrativas curtas, nas quais o autor não perde tempo com descrições, preferindo ir direto ao centro do tumulto no qual suas personagens respiram.
Opiniones
Opiniones
No hay comentarios, sé el primero en comentarValoración media
¿Has leído este libro?
Valóralo y comparte tu opinión con otros usuarios
Escribir mi opinión